Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde definiu a propagação da COVID-19 como uma pandemia global, obrigando as organizações a repensar os seus processos de trabalho e acelerar os esforços de transformação digital. Quase um ano depois, motivadas pela vacinação em escala mundial, as organizações buscam entender como e quais aspectos da sua transformação devem tornar-se permanentes, pois permitiram sua sobrevivência, e que práticas e aprendizados serão necessários para garantir a sua sobrevivência futura.
Neste post, falaremos dos contextos que levaram as empresas a adotarem aspectos da transformação digital e quais elas entendem ser mais valiosos no "novo normal", inspirado no artigo
The nine traits of future-ready companies da McKinsey.
Pilares de análise Os aspectos da transformação digital foram divididas em três pilares:
- Quem somos
- Como operamos
- Como crescemos
Quem somos Conhecer e promover sua razão de existir O isolamento forçado pela pandemia reforçou uma tendência que já estava em crescimento que é a da descoberta do propósito individual e alinhamento dos aspectos de vida a esse propósito. O mesmo processo ocorreu com as organizações - as que entendem e declaram o seu propósito são capazes de atrair e manter talentos e clientes que estão alinhados a ele. Esse alinhamento evita frustrações e garante um alto grau de engajamento ao longo da cadeia de valor.
Entender profundamente a diferença que fazem Os problemas sociais e econômicos causados pela pandemia obrigou indivíduos e organizações a repensarem maneiras de fazer a diferença em uma realidade complexa. No âmbito organizacional, essa necessidade se refletiu em refinar, no detalhe, sobre o porquê, onde e como elas agregam valor para seus funcionários, clientes e sociedade, e sobre como concentrar os esforços internos na entrega desse valor.
Cultura organizacional como vantagem competitiva O trabalho remoto exigiu que as organizações reforçassem seus canais de disseminação e fortalecimento da cultura. Estudos mostram que organizações que possuem uma cultura de alto desempenho aliada a expectativas claras de comportamento tem altos retornos aos acionistas. Segundo o artigo da McKinsey, esse retorno chega a ser 3 vezes maior.
Como operamos Menos camadas e mais auto-organização O esquema de home office favoreceu a adoção massiva de ferramentas digitais que dão suporte à comunicação e alinhamento das equipes da organização. Além disso, o contexto exigiu que as equipes de trabalho se organizassem de forma independente e autônoma, eliminando a necessidade de ser ter uma camada hierárquica focada na coordenação.
Alta eficiência na tomada de decisões Na pandemia, a tomada de decisão exigiu mais rapidez e menos complexidade. Empresas prontas para o futuro tomam decisões melhores e mais rapidamente por meio de sistemas que movem a tomada de decisão para o nível mais baixo possível, evitando escalações desnecessárias e garantindo rapidez, autonomia e decisões mais bem informadas.
Quando todos crescem, todos ganham Organizações de ponta reconhecem que o talento humano é um capital escasso, e possuem estratégias robustas de desenvolvimento interno dos talentos que precisam. Além disso, elas buscam criar ambientes diversos, inclusivos e energizantes, para poder oferecer oportunidades internas aos seus talentos em posições críticas, evitando a evasão para a concorrência.
Como crescemos O poder do ecossistema Organizações do futuro criam redes externas de alto valor agregado e firmam parcerias diversas que visam ao desenvolvimento mútuo e sinergia nos objetivos e resultados.
A importância dos dados Dados são o maior ativo intangível das organizações, e as que possuem uma governança robusta na coleta, tratamento e uso estão mais bem preparadas para o futuro. Por meio de dados, essas empresas tornam-se capazes de identificar necessidades emergentes e entregar mais valor aos seus parceiros e clientes.
Aprender, experimentar, aprender Na complexa realidade da pandemia, as organizações precisaram identificar e explorar novas oportunidades de entender, em tempo hábil, como as necessidades de seus clientes mudaram e que adaptações deveriam fazer para atendê-las. O aprendizado contínuo com base em experimentação gerou ciclos constantes de adaptação e reinvenção, benefícios que se tornaram permanentes no novo futuro.
A pandemia acelerou a transformação digital nas empresas e expôs que os mindsets, rotinas, perspectivas e práticas da agilidade são fundamentais para a sobrevivência das organizações no momento presente e sua permanência futura.
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